Ferramentas de Tempo do Guia PMBOK

Principais ferramentas usadas para gerenciar o cronograma em ordem alfabética:

Análise de dados

Entre as técnicas de análise de dados, destaca-se:

Análise de alternativas para selecionar a melhor metodologia para gerenciar o cronograma e como estimar o cronograma.

Análise de reservas para estimar o cronograma e calcular as reservas de contingência em todo o ciclo de vida do projeto.

Análise do valor agregado é usada para monitorar o cronograma.

Análise de variação é usada para verificar os desvios entre o real x o planejado (sua linha de base).

Análises de tendências é usada após a análise da variação entre o real x o planejado para determinar como o cronograma se comportará baseado na tendência atual.

 

Análise de rede do cronograma

A análise de rede do cronograma usa várias técnicas para desenvolver o cronograma do projeto como o Método do caminho crítico.
É uma visão gráfica das atividades do projeto usada para identificar as datas de início e término mais cedo ou antecipado (ES-Early Start & EF-Early Finish) e mais tarde ou atrasado (LS-Late Start & LF-Late Finish).

 

Antecipações e esperas

A aplicação de antecipações e esperas é devido a relação entre as atividades.

Lead Time ou Tempo de antecipação é a antecipação do início de uma atividade sucessora.

Por exemplo, para agilizar a reforma da casa, um dia antes de finalizar a preparação das paredes, iremos iniciar a 1a demão, pois, mais de 50% das paredes já estarão prontas para a 1a demão.
A atividade 1a demão tem um lead time de 1 dias em relação a atividade predecessora finalizar a preparação das paredes.

Lag Time ou Tempo de Espera é a postergação do início da atividade sucessora.
Por exemplo, para iniciar a 2ª demão, é necessário esperar 4 horas depois da 1ª demão
A atividade 2a demão tem um lag time de 4 horas em relação a atividade predecessora 1a demão. 

 

Compressão de cronograma

A compressão de cronograma consiste em reduzir a duração do projeto mantendo o escopo do projeto.
As técnicas mais conhecidas são:

  • Compressão ou mais conhecida pelo termo em inglês, Crashing: 
    • Inclusão de recursos adicionais como aprovação de horas extras, pagamento para a aceleração da entrega das atividades no caminho crítico.
    • Aumenta o risco e o custo;
    • Ex.: Cotar materiais no final de semana
  • Paralelismo ou Fasttrack:
    • Atividades normalmente executadas sequencialmente são executadas em paralelo.
    • Aumenta o risco e o retrabalho.
    • Ex.: Cotar materiais em paralelo a definição dos materiais

Saiba mais em Compressão de cronograma

 

Decomposição

Decomposição é a divisão de um componente maior em componentes menores.

Para o processo Definir as Atividades, divide-se o pacote de trabalho da EAP em componentes menores, que são as atividades necessárias para executar o pacote de trabalho.

Veja exemplos e mais detalhes em Decomposição

 

Estimativa análoga

A estimativa análoga baseia-se em pacotes de trabalho/atividades similares de projetos anteriores para estimar a duração dos pacotes de trabalho e/ou atividades do seu projeto atual.

Quanto maior a maturidade da empresa, maior a chance de ter registrado o histórico dos projetos anteriores e poder usar de forma mais efetiva a estimativa análoga. 

Se sua empresa ainda não registra a duração das atividades dos projetos atuais, busque formas de registrá-las.

 

Estimativa bottom-up

A estimativa “bottom-up” é uma das técnicas mais usadas para estimar a duração e os custos das atividades.

Você decompõe seus pacotes de trabalho em atividades menores, até detalhar suficientemente para estimar de forma precisa a duração e os custos da atividade.

Os recursos necessários para o pacote de trabalho é a somatória dos recursos das atividades que o compõe.

Saiba mais em Estimativa bottom-up.

 

Estimativa paramétrica

A estimativa paramétrica usa relações estatísticas para estimar custo e duração das atividades com base em dados históricos e parâmetros do projeto.

Por exemplo: Historicamente, o pintor X pinta 10m2 de parede/dia, conclui-se que ele pintará 100m2 em 10 dias. 

 

Estimativas de três pontos

A estimativa de três pontos também conhecida como PERT (Program Evaluation and Review Technique) considera o risco e a incerteza através de três cenários para estimar tanto a duração quanto o custo de uma atividade.

Saiba mais em Estimativas de três pontos

 

Integração e determinação de dependências

A determinação de dependências implica na sequência da execução das atividades.

Conheça os tipos de dependências e exemplos reais em Integração e determinação de dependências

 

Método do caminho crítico

O Método do caminho crítico identifica a sequência de atividades na qual, caso uma delas atrase, todo o projeto estará atrasado, em outras palavras, a sequência das atividades que não tem folga (Abaixo mostraremos como calcular a folga).
Desta forma, o caminho crítico aponta quais atividades o GP e responsáveis devem ter atenção redobrada;
O caminho crítico pode ter folga positiva, igual a zero ou negativa dependendo das restrições de prazo aplicadas.

Aprenda como montar o diagrama de rede do seu projeto e identificar seu caminho crítico em Método do caminho crítico

 

Método do diagrama de precedência

O método do diagrama de precedência (MDP) é usado para representar graficamente todas atividades de seu projeto, com suas respectivas dependências. A dependência é um relacionamento entre o (começo ou) término de uma atividade e o (término ou) começo de uma outra atividade e reflete o relacionamento de causa-efeito entre duas atividades.

Conheça os tipos de dependências e exemplo práticos em um jogo de futebol em Método do diagrama de precedência

 

Opinião especializada

A opinião de um especialista pode ser muito útil para estimar o cronograma e nas aplicações de técnicas específicas como o Gerenciamento do valor agregado.

Saiba mais em Opinião especializada

 

Otimização de recursos

Técnicas de otimização de recursos são usadas para ajustar o cronograma baseando-se na demanda e oferta de recursos.
Entre as mais conhecidas estão:

  • Nivelamento de recursos: nivela os recursos disponíveis para o projeto, podendo alterar o caminho crítico e a data de término do projeto
  • Estabilização de recursos, conhecido pelo termo inglês, Resource Smoothing: acomoda a disponibilidade de recursos modificando as atividades dentro dos tempos de folga sem alterar o caminho crítico ou a data de término do projeto.

 

Planejamento ágil de grandes entregas

O Planejamento ágil de grandes entregas, tradução do PMI para o termo inglês, Agile Release Planning, é a técnica usada para planejar o roadmap do produto a ser gerado baseado nos métodos ágeis.

Baseado no product backlog e no número de sprints esperados para gerar uma versão inicial do produto, estima-se a data para o lançamento.

O detalhamento e o número de versões a serem planejadas do produto dependerá da necessidade do projeto e do nível de incerteza envolvido.

 

Planejamento em ondas sucessivas

O planejamento em ondas sucessivas é especialmente útil quando temos eventos desconhecidos no projeto, quando você não tem detalhamento suficiente do que será feito em algum dos componentes da EAP, ou o nível de incerteza e de probabilidade de mudanças é elevado.

O gerente de projeto planeja somente o curto prazo, deixando os eventos de maior incerteza para depois.

Á medida que o projeto vai evoluindo e as incertezas diminuindo, se planeja a próxima etapa ou onda, e assim por diante, daí o nome, ondas sucessivas.

 

Reuniões

As reuniões são fundamentais para agilizar as decisões no projeto incluindo as relacionadas aos seus custos.

Conheça algumas boas práticas para tornar sua reunião mais produtiva em Reuniões.

 

Sistema de informações do gerenciamento de projetos

O sistema de informações de gerenciamento de projetos (SIGP), ou sistema de gerenciamento de projetos (SGP) disponibilizam as informações para cada parte interessada:

  • Para os executivos, dão visibilidade, controle e desempenho;
  • Para os gerentes funcionais, ajudam no planejamento, na eficiência e na organização do time;
  • Para o time do projeto, facilita a colaboração e aumenta sua produtividade.

Saiba mais em Sistema de informações do gerenciamento de projetos

 

Tomada de decisão

As técnicas de tomada de decisão têm como objetivo selecionar a melhor alternativa entre todas as alternativas possíveis em tempo hábil.

 

Abaixo algumas ferramentas adicionais usadas nos processos de Gerenciamento do tempo na 5a edição do Guia PMBOK e não mais citadas de forma direta na 6a edição que podem lhe ajudar na gestão do seu cronograma:

 

Quer obter mais informações sobre alguma dessas ferramentas, clique nos links de cada ferramenta ou faça o Curso Gestão de projetos na prática onde em 6 encontros faremos juntos o seu projeto do planejamento até o seu encerramento e definiremos as melhores ferramentas a serem adotadas.

Sentiu falta de alguma ferramenta que usa para gerenciar seu cronograma? Inclua nos comentários e me comprometo a obter mais informações sobre ela.

 

Referências bibliográficas

MONTES, Eduardo; MAUDONNET, Simone. Administração do Tempo, 1ª Ed. São Paulo; 2019.

MONTES, Eduardo. Introdução ao Gerenciamento de Projetos, 1ª Ed. São Paulo; 2017.

PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Guia PMBOK®: Um Guia para o Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos, Sexta edição, Pennsylvania: PMI, 2017.

 

 

 

 

 

Áreas de Conhecimento em Gerenciamento de projetos

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