Resumo: Hoje, áreas como: educação, corporações – leia-se aqui iniciativa privada – e governos procuram de maneira obsessiva, fazer de forma competente e diferenciada o correto gerenciamento da vasta quantidade de conhecimento e informação que circula pela rede a fim de amealhar a expertise necessária tornando-se competitivo e único em suas ações e reações. Mas antes de tudo resta-nos uma pergunta a responder: Você sabe diferenciar conhecimento de informação?
Apesar de conceitos de fácil entendimento, conhecimento e informação são frequentemente confundidos ou tidos como sinônimos, o que pode configurar-se em um erro fatal no planejamento estratégico de organizações de todos os matizes.
Caso sua definição de conhecimento e informação guarde relativa paridade e similaridade a possibilidade em realizar-se massivos investimentos na gestão da informação tendo como objetivo a consolidação do conhecimento, pode trazer a empreitada prejuízos de grande vulto.
Para tornar as definições mais didáticas, podemos pensar da seguinte maneira:
- Conhecimento – pessoal e interno
- Informação – Impessoal e externo
Facilitou o entendimento? Ótimo, vamos em frente.
Trazendo o conceito para o mundo corporativo normalmente, os executivos tradicionais deparam-se com dilemas como:
- Reduzir custos utilizando o conhecimento já adquirido;
ou
- Aumentar a receita criando desta forma um novo conhecimento.
Sob o prisma que analiso a segunda ação me parece a mais obvia a se adotar, entretanto por razões e pressões de difícil mensuração, coisas inimagináveis acontecem no QG das organizações que acabam por influenciar de forma incisiva e muitas vezes negativa a escolha dos executivos.
Segundo Nonaka e Takeuchi: “Em uma economia onde a única certeza é a incerteza, apenas o conhecimento é fonte segura de vantagem competitiva”.
Já parou para pensar por qual razão unidades negociais de uma mesma empresa (observando-se a comparação proporcional) alcançam resultados diferenciados, considerando que dispõem de acesso às mesmas informações?
Talvez porque o segredo não esteja nas informações e sim no nível de conhecimento daqueles envolvidos na analise do cenário e informações.
Conhecimento é capacidade de agir. É um processo, é dinâmico, é pessoal e indubitavelmente distinto da informação. Desta forma é correto afirmar que conhecimento é uma faculdade humana e por ser assim as empresas devem incessantemente nutrir, alavancar e motivar as pessoas a partilharem seus conhecimentos em prol de um objetivo maior.
Qual a vantagem em se ter um grupo de pessoas manipulando uma gama enorme de informação sem o devido conhecimento para lhe extrair o melhor conteúdo?
Para esta gama de atividades todo gestor deve ter em mente que precisa estar cercado de uma equipe realmente capaz, alinhada e motivada para executar o planejado. Este é um teste de fogo para lideres de vários níveis, pois em épocas onde se faz necessário navegar por mares revoltos, há a necessidade de empunhar o leme e darmos o melhor de nós no que estivermos fazendo para não colocarmos a embarcação a pique ou arremessá-la aos rochedos.
Separar o importante do trivial é altamente recomendável em épocas de crise, pois o que diferencia um grande CEO de um Executivo comum não é o número de decisões certas, mas o acerto nas realmente fundamentais.
Da próxima vez que estiver a frente de um projeto e subitamente tiver de optar entre informação e conhecimento, reflita bem. Utilizando seu feeling e seu nível de conhecimento certamente tomará a decisão acertada.